A
cantora e compositora Paula Fernandes, nascida em Sete Lagoas – Minas Gerais é
uma figura controversa, aliás como todo artista de massa o é. Mas por ser uma
estrela em franca ascensão, tem maior poder de se manter em alta na mídia,
insuflada entre os ventos das opiniões de fãs ardorosos e de críticos
ferrenhos.
Se
de um lado é capaz de arrastar para seus shows, legiões de fás, assim como
alavancar (em era de franca pirataria) venda de CDs de musicas de sua autoria
e/ou interpretadas por ela, de outro lado consegue manter contra si um batalhão
de críticos pouco ou nada racionais, que garimpam detalhes de sua vida pública
e pessoal, para formar uma cerrada artilharia que busca desqualificar seu
sucesso e sua vitoriosa trajetória.
Mas
a garota tem tutano e personalidade. Segue conquistando espaço e ampliando o
leque de possibilidades como artista que tem confiança nos seus talentos e não
se deixa ao mesmo tempo se enganar por eles.
Apesar
de nova em idade e no cenário midiático Paula Fernandes tem afinal um bom tempo
de estrada, em experiências de palco que começaram ainda na infância.
Ela
parece ter plena consciência que o sucesso em qualquer atividade é efêmero e
que não pode se tornar refém de opiniões diversas e desencontradas, para
continuar construindo sua carreira e sua imagem.
Seus
críticos parecem não aceitar este vôo solo consistente e ascendente partindo de
uma “reles” cantora sertaneja que, saindo de uma pequena cidade do interior de
Minas, com um estilo de musica regional e segundo muitos “brega”, vem ganhando
projeção e o respeito do grande público, já em nível mundial.
Estilistas
de renome e outros nem tanto, tem conseguido seus segundos de mídia, tentando
encaixar a cantora em padrões que supõem ser-lhe mais adequados, como se
detentores fossem das verdades dogmáticas da moda e do estilo de composição de
marketing pessoal.
Pura
balela que apenas coloca mais combustível na estrutura midiática da artista.
Alguns dizem que seu figurino não combina com seu estilo de musica sertanejo,
como e a arte tivesse que se render em sua grandeza, à ditadura das formas e
das modas.
Paula
Fernandes sabe que tem que se vestir com o que lhe cai bem, e o que a faz
sentir-se bem, ponto final.
A
história de que ela teve a carreira impulsionada por apadrinhamento de Roberto
Carlos, a própria Paula reconhece como verdade, como também é verdade que Roberto
Carlos, saindo do zero teve apoio e apadrinhamento para construir sua vitoriosa
e longa carreira. Com qualquer outro artista aliás.
Só
que não existe apadrinhamento capaz de impulsionar uma carreira de sucesso se o
artista principiante não for dotado de muito talento. O máximo que se consegue
nestes casos é um tipo de sucesso “fogo de palha”, o que parece não ser o caso
de Paula Fernandes.
Algumas
críticas não fazem nenhum sentido, com por exemplo a que sua voz é forçada e
fanha, sendo que neste quesito passou com louvor pelo crivo de críticos sérios
e de renome, como José Messias, só para citar um.
É
mais honesto que estes críticos admitam que não gostem da sua voz, o que seria
de seu direito.
Outra
de que ela é arrogante e que não atende ao publico é também descabida, e
prospera a partir de opiniões preconceituosas tão em voga nas redes sociais.
Todo
mundo sabe dos riscos de exposição de artistas de massa, sem as devidas
garantias á sua integridade física. Muitos já foram vitimas desta sanha e
idolatria que tem na paixão incontrolada (amor e ódio) uma formula de pouca ou
nenhuma previsibilidade.
É
normal pois que o artista se proteja e que passe orientações expressas para
seus seguranças pessoais.
Podemos
não gostar de um artista ou de um estilo musical, mas temos que ter o bom senso
de reconhecer um grande talento, quando o grande público e críticos respeitados
já o fizeram. È burrice tentar relegar a este grande publico a condição de
idiota ou imbecil a ponto de se deixar levar por algum farsante.
Transformar
críticas em um exercício constante de ataques pessoais a honra e
respeitabilidade de qualquer profissional, é apenas uma forma de expressar a
frustração de seu próprio fracasso.
E o
que percebemos nestas criticas que fogem a razão e ao bom senso, apenas um
grande festival de hipocrisia, inveja, e outros sentimentos negativos de quem,
tendo reconhecido o próprio fracasso, não consegue aceitar e conviver o com o
sucesso alheio.
Mas
a própria Paula Fernandes, quando tem diante de si a oportunidade de uma
entrevista ou exposição pública se encarrega, com sua inteligência e boa
comunicação de destruir estes falsos e mesquinhos argumentos.
João
Drummond